quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Escalas

Que belas férias!!

Muito interessantes por sinal, pois pelo que vejo e pelo que recebi, os nossos leitores nunca deixaram de nos acompanhar.

E muito que tiveram para ler graças ao grande LesPaul que muito contribuiu com excelentes post´s sobre guitarra.

Eu por outro lado, tive o prazer de aprofundar conhecimento com um excelente professor de música.

Entre as muitas conversas que tive com ele durante as férias, tive a oportunidade de tratar de alguns assuntos relacionados com os muitos e-mails que chegam através do nosso formulário.

Bom neste momento tenho de fazer aqui uma breve explicação.

É que relacionado com o exercício que coloquei no blog existem muitas pessoas que tiveram dificuldades em ler a pauta, e é por isso que vou tentar a partir daqui explicar tudo o que se encontra nesta pauta e explica-la.

Desta forma se abrirem a pauta vão ver uma coisa parecida com a imagem acima.

Assim vamos começar pelo principio, como já devem ter notado temos 5 linhas e mais 4 secundárias, as primeiras são chamadas de pentagrama as secundárias são chamadas de tablatura (estas variam de instrumento para instrumento e representam as cordas, neste caso são 4 pois é para um baixo de 4 cordas).

O pentagrama resulta da evolução ao longo dos tempos da forma como se escrevia música.
Esta regra estabelecida desde o séc. XI. No tempo dos romanos a escrita da música era realizado numa linha só o que dificultava principalmente a interpretação.

Esta forma simplificada de 5 linhas e 4 espaços permite encaixar toda a simbologia necessária para escrever e ler música.

Outra da simbologia encontrada na fig. 1 é a clave neste caso a clave de Fá. As claves são símbolos que são colocados no pentagrama (no inicio da pauta) com o objectivo de dar ao músico a indicação de como deve ler a mesma. Existem 3 claves básicas, a clave de Sol, Fá e Dó. Tendo em conta a numenclatura europeia, em que a nota musical Dó corresponde à letra C em que Ré a D, Mi a E, Fá a F, Sol a G, Lá a A e Si a B, a maioria dos estudioso acredita que os simbolos das claves são simbolos estilizados das correspondentes letras.
Mas as claves não são utilizadas indiscriminadamente, para cada tipo de instrumento, existe uma clave apropriada. A clave clave de Sol é utilizada em instrumentos agudos como a viola, a guitarra, as flautas, o clarinete, o oboé, violino, etc. É colocada na segunda linha a contar de baixo, pois esta é a forma de se ler o pentagrama, de baixo para cima e da esquerda para a direita.
A clave de Dó destina-se à representação da voz humana se bem que por vezes também pode ser utilizada para alguns instrumentos como as passagens mais agudas do trombone. Mas no que respeita à representação da voz humana esta pode ser colocada no pentagrama em três linhas diferentes, na 3ª representa a voz do Alto, na 4ª linha representa a voz do tenor, e na 2ª representa o mezzo-suprano.
Por ultimo mas não menos importante é a clave de Fá é geralmente representada na 4ª linha e é utilizada para os instrumentos mais graves como o trombone, o violoncelo, o contrabaixo, o fagote e naturalmente o baixo.
Além disto temos a simbologia 4/4 as barras dos compassos, os dois pontos nas barras as notas musicais, mas de tudo isso vou falar no próximo post.
No entanto necessitamos de fazer aqui apelo, um pedido e uma sugestão.
É dirigida a todos os que nos escrevem através do formulário, por favor coloquem as vossas dúvidas nos comentários de cada post, pois isso poupa-nos bastante tempo a responder a perguntas quase iguais, nós apesar de agradecer-mos toda a participação e de querermos cada vez mais existem dúvidas ou perguntas que podem ser deixadas nos comentários dos post´s, que não só nos poupa tempo como podem elucidar muita gente que visita o blog.
Mas queremos deixar aqui um agradecimento muito especial a todos os que têm comunicado através do nosso formulário.
Mas vá lá malta começem a colocar as questões nos comentários.
Saudações Musicais
Fuserbass

domingo, 20 de setembro de 2009

Manutenção de uma guitarra eléctrica

Tenho falado com algumas pessoas, tanto pelo email do blog, como pessoalmente, e vejo que as guitarras são apenas um objecto para se tocar e para nos divertirmo-nos. Correcto, mas e a manutenção? Como a guardam? Onde a conservam? Vou falar dos cuidados que devem ter com as vossas guitarras, tanto a nível de arrumação como de limpeza.
Há quem defenda que uma guitarra deve ser guardada no seu estojo, outros defendem que deve estar em suportes adequados. Uma coisa é certa, deve estar num desses sítios e nunca encostada à parede ou em cima da cama! No estojo, como fica fechado, e se a guitarra não for muito usada, pode ganhar alguma humidade e ficar com aquele cheiro típico a ‘mofo’. Humidade, na parte eléctrica de qualquer equipamento não é nada bom!... Se a quiserem fechar no estojo (o melhor é um estojo rijo) coloquem aquelas saquetas contra a humidade que é bom. Também podem colocar a vossa guitarra nos suportes de chão, mas atenção se há crianças por perto, pois elas podem derrubar a guitarra para o chão com muita facilidade. Anão ser que comprem suportes que a estrutura acompanhe a guitarra e ‘abrace’ o braço. Esses são um pouco mais seguros. Mas eu sugiro suportes de parede. Esteticamente não será a escolha mais acertada (uma questão de gosto), mas os de parede são os melhores.

Suporte de chão para 1 guitarra
Suporte de chão para uma guitarra. Este não agarra a guitarra junto à cabeça,
não sendo muito seguro em caso de uma criança a derrubar.
Suporte para várias guitarras.
Suportes de parede. Cada guitarra tem 1 suporte individual.

Todos os métodos têm prós e contras. Ponderem bem. Seja qual for a escolha, coloquem a guitarra num local fresco, onde os raios solares não incidam. Se não quiserem tocar mais nas vossas guitarras, não as coloquem na vossa arrecadação, pois são locais onde apanham grandes amplitudes térmicas, fazendo o braço empenar, as partes metálicas ficarem enferrujadas, a pintura estalar e ficar baça e a parte eléctrica ficar cheia de humidade.

A manutenção de uma guitarra eléctrica é essencial para que ela dure mais tempo e mantenha o aspecto original. Há coisas mínimas que uma pessoa pode fazer:

- limpar as cordas com um pano macio cada vez que acabemos de tocar para retirar a humidade que as nossas mãos transmitiram, pois é assim que as cordas enferrujam;

- passar um pano (que não larguem pêlo) na guitarra para limpar o pó, sobretudo debaixo das cordas, ao pé dos pickups;

- quando trocarem de cordas (aconselho a trocarem-nas todas quando uma se partir), aproveitem o facto de não ter cordas e façam uma limpeza mais a fundo: há produtos de limpeza específicos para o corpo da guitarra (não usem qualquer produto!) e outros próprios para o fretboard, mas atenção a estes que tem que ser o produto correcto para cada tipo de madeira);

- quando colocarem cordas novas, e depois de as enrolarem correctamente no carrilhão, cortem o excesso da corda com um alicate de corte, pois se guardarem em estojos que tenha pêlo no seu revestimento sem apararem essas pontas, para além de arrancar o pêlo todo do estojo, vai fazer com que se acumule esse pêlo nas extremidades da guitarra que acabam por ir parar ao corpo da guitarra, tanto por fora como por dentro;

- evitem de colar autocolantes na guitarra: mesmo que a guitarra não seja nada de especial, tenham estima por ela e não a decorem com esse tipo de adereço, pois a cola só a vai estragar;

- evitem a curiosidade de retirar os parafusos da guitarra: não lhe mexam! Mais à frente iremos ensinar como trocar o pickguard e aí então vamos falar dos parafusos, pois se há parafusos que podemos mexer à vontade, há uns que não...

- detectem, nas partes metálicas, vestígios de ferrugem...

- rodem os botões de volume e tom e usem o selector dos pickups com alguma frequência, evitando, assim, que certas impurezas e humidade se acumulem na parte eléctrica por falta de uso;

- mantenham a guitarra sempre afinada.

Foram algumas dicas. Tenham cuidado com os produtos de limpeza que usam nas vossas guitarras. Não utilizem produtos caseiros só para pouparem, pois estes são baratos e produtos incorrectos podem estragar a guitarra para sempre, nomeadamente no fretboard. O barato sai caro, nunca se esqueçam disso. Lá pela guitarra ser de madeira, não usem produtos para os móveis... Tenham estima no que é vosso e zelem pelas vossas coisas. Perguntem-me sobre este assunto se tiverem alguma dúvida.

Oiçam boa música, estudem e bons riffs!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gibson e Fender: um pouco de história

Dando continuidade ao que foi escrito sobre a história da guitarra eléctrica, vou falar um pouco sobre as marcas míticas americanas. Serve apenas para dar a conhecer mais um pouco da história deste maravilhoso instrumento musical.

GIBSON

Fundada por Orville Gibson, em 1890, na cidade de Nashville, Estados Unidos da América, esta companhia dominou sempre o mercado, tanto no ponto de vista tecnológico como no da qualidade e da perfeição estética dos seus produtos.

Desde 1920 que a Gibson teve dois homens-chave à frente desta empresa, sendo eles Lloyd Loar, nos anos 20, e Theodore McCarthy, nos anos 50. Estes souberam transmitir e manter um espírito particular na construção das guitarras. A partir de 1963 faltou esta visão e os instrumentos fabricados passaram a serem bem diferentes aos olhos dos apaixonados pela marca, podendo-se dizer que, a partir de 1969, a Gibson praticamente deixou de existir.
A marca produziu modelos importantes para o mercado: as L5 (1924) e a ES-150 (1935). Esta última foi a primeira guitarra eléctrica a ser comercializada no mercado americano.

Desde a ES-150, a Gibson dedicou-se às semi-acústicas, colocando de lado as acústicas. Assim, a Gibson Super 400, de 1951, e a ES 175, de 1956, atingiram o topo em relação às semi-acústicas, pois são detentoras de uma beleza inquestionável. Para provar isso, a segunda trata-se da guitarra de jazz mais conhecida em todo o mundo.
Após estas guitarras, e para dar uma continuação às guitarras semi-acústicas vocacionadas para jazz, a Gibson produziu, entre outras, as ES-335, ES-345 e a ES-355. basicamente são idênticas, apenas com alterações no hardware.
Gibson ES-355
Entretanto, em 1952 apareceu a Gibson Les Paul, dando início a uma história rebuscada e rica de sucesso. Começou pelo modelo Standard (1952) e Custom (1954), sendo a vez da Junior (1955) e a Special (1958). A partir de 1958, a Standard passou a ter 2 pickups humbuckers e a Custom 3 humbuckers.
Em finais dos anos 50, numa tentativa de renovarem a imagem da casa, introduziram novos modelos de guitarras. Em 1957 e 1958, a Gibson lança os modelos Flying V e X-plorer, respectivamente. São modelos virados para uma música diferente que se começava a ouvir na altura, na linha do alternativo. Música diferente, guitarras diferentes e arrojadas.
Em 1961, a Gibson terminou a produção da Les Paul, iniciando um novo modelo, a SG (Solid Guitar), obtendo alguns resultados positivos. Esta guitarra iria colocar a marca a par dos tempos, tentando revolucionar com o seu formato diferente. Contudo, a guitarra não tinha novidades nenhumas tecnológicas. Continuando a produzir a SG, retomaram a lendária Les Paul, introduzindo cores novas e modelos ligeiramente diferentes. De destacar a Les Paul Robot, da qual já abordei no artigo anterior.

Assim, em 1963, a Gibson tenta roubar clientes à Fender com a nova Gibson Firebird. Em termos de cor são parecidas, com a tradicional sunburst e o som limpo e agudo. O modelo foi fabricado também para melhorar a Les Paul, mas na fase inicial não obtiveram grande sucesso, pois o modelo Les Paul não se substitui...

A marca sempre foi reconhecida, primeiro pela qualidade, e segundo pelos preços elevados. Assim, para chegarem a um mercado de preços mais modestos, a Gibson possui outras marcas, onde garantem uma relação qualidade/preço que tem vindo a aumentar consideravelmente. A marca possui a Epiphone, a Kramer e a Valley Arts, entre outras.

Conhecer e gostar da Gibson é algo que não se consegue explicar, mas a explicação reside em sensações que se vão acumulando ano após ano, depois de se ter examinado cada instrumento e, sobretudo, tocado, falando, ouvindo e estando em contacto com pessoas que já foram contagiadas pelo ‘bicho da Gibson’! As Gibson são objectos tão especiais que qualquer exemplar produzido pela marca ultrapassa a simples natureza do instrumento musical para assumir a de obra de arte.

FENDER

A importância desta marca na história da guitarra eléctrica está patente quando falei a semana passada sobre os modelos Telecaster e Stratocaster.

Clarence Leonidas Fender (Leo Fender) fundou esta casa nos anos 30 do século XX. Os guitarristas sabiam que Leo fabricava guitarras e pediam ajuda para aumentarem o som das suas guitarras nas actuações ao vivo. Os sons dos metais (música country) e do público abafavam completamente o som das guitarras. O peso e o volume delas também eram problemas... Em 1946, debruçou-se de forma séria sobre estas questões. Fabricou alguns protótipos, cedendo-os a vários guitarristas, para que estes pudessem experimentar in loco. Assim, em 1948, nasce uma guitarra que hoje é de culto: a Telecaster (começou por se chamar Broadcaster, mas o nome foi mudado).

Fender Telecaster

Em 1954, nasce uma outra guitarra lendária: a Stratocaster. Por mais anos que a marca dure e por mais modelos que produza, jamais irá ultrapassar a perfeição e a mística deste modelo. A estética é perfeita, desde a caixa de aspecto nada tradicional, com os seus 2 cornos assimétricos, até à forma do resguardo e da cabeça, passando pela disposição dos 3 pickups single-coils; os botões e o selector de pickups estão perto da mão direita para se poder manusear com relativa facilidade a meio de um solo; o resguardo já mencionado, esconde toda a parte eléctrica, podendo ser revista com muita facilidade; entrada para o jack, oblíqua e rebaixada na madeira; o processo de synchronized tremolo (este último não foi inventado, mas muito melhorado). Todos estas particularidades conferem-lhe uma elevada personalidade.

Fender Stratocaster

Com introdução de novas madeiras, descobriu-se que cada madeira possuía uma sonoridade diferente. Assim, muitos guitarristas faziam colecção de Stratocasters: Jimi Hendrix tinha uma colecção invejável delas; David Gilmour possui bastantes na sua colecção, inclusivé uma das primeiras Strats a serem feitas...; Eric Johnson colecciona-as cuja data seja inferior aos anos 80; Eric Clapton é detentor de mais de 100...

Os entendidos dizem que 1964 foi o último ano dos bons instrumentos da marca, pois em 1965, a CBS adquiriu a Fender. Esperava-se, pois, que desta união resultasse bons instrumentos, mas verificou-se exactamente o oposto. Surgiram poucos modelos novos, dando origem a um redondo fracasso. Há várias teorias e algumas conculsões para esta queda: talvez Leo Fender tivesse descansado sobre os louros dos modelos de grande sucesso; talvez tivesse feito melhor em arranjar melhores projectistas e técnicos, pois os que a casa tinha modificaram os modelos principais da marca, piorando-os.

Mas a CBS foi positiva em relação ao aumento notável do número de exemplares construidos todos os anos. A marca também se aventurou na comercialização de acessórios e amplificadores.

Numa tentativa de chegar ao mercado económico, a marca criou 4 novos modelos. Em 1956, apareceram a Duosonic e a Musicmaster. A Mustang (1964) e a Bronco (1969) são praticamente iguais, sendo diferente apenas nos pickups.

Fender Duosonic e Musicmaster

Fender Mustang e Bronco

O modelo Jaguar nasceu em 1961, que nas intenções da Fender, era para representar o modelo de ponta. A guitarra foi e permanece com sucesso em alguns tipos de música, nomeadamente a chamada surf music, jazz e indie rock. Nos anos 90 do século XX, houve uma explosão de popularidade deste modelo com o rock alternativo.

Fender jaguar

Entre 1970 e 1973, foi um período de modificações de toda a gama da Telecaster, mas apenas ao nível de hardware, sem alterarem a estética original.

O ano de 1975 está associado ao pior erro da Fender, ao produzir a Starcaster, uma guitarra semi-acústica produzida para combater as semi-acústicas da Gibson. A guitarra nunca teve sucesso, apesar de ter havido alguns músicos de topo que a tivessem usado (a Fender ter-lhes-à pago?). A guitarra foi produzida entre 1976 a 1977 e depois entre 1980 a 1982.

Fender Starcaster

Para tentar remediar a situação, a Fender lançou dois novos modelos: a Lead I e a Lead II, obtendo um sucesso relativo. Mais tarde apareceu a Lead III.

Fender Lead I, II e III

A Fender é uma marca que ficou marcada pelas 2 grandes criações: a Telecaster e a Stratocaster. Houve várias apostas na tentativa de introduzir novas guitarras para tentarem não ficarem conhecidos apenas por aqueles dois modelos, mas sem sucesso. Teria sido bem melhor se tivessem apostado apenas nesses dois modelos, para além dos dois baixos notáveis (Jazz Bass e o Precision Bass), do que terem tentado renovar a gama existente.

Nestes últimos anos, numa tentativa de baixar os custos de produção, a Fender deslocou as suas fábricas para outros países, mantendo a produção nos Estados Unidos. As guitarras do Japão foram bem vistas, mas as fabricadas na China e no México nunca foram bem aceites. Não sei o que diga, pois a Fender tem uma marca e uma imagem a defender. Não podem produzir uma Stratocaster de má qualidade. Decerto que não terão a mesma qualidade das americanas, mas são guitarras bastante boas.

A Fender é uma marca de topo. Marca de eleição, motivo de orgulho, sempre foi vista como uma marca distinta: havia guitarras e havia a Fender. Hoje em dia é um verdadeiro culto ter pelo menos uma guitarra desta marca. Os coleccionadores devoram leilões e rondam quem possua uma Fender antiga para as adquirir. Uma colecção cara que só alguns podem realizar.

CONCLUSÃO

Muito mais havia por dizer, apenas resumi 2 histórias que têm um ponto em comum: a música. Foquei os principais marcos da duas marcas, tanto pela parte positiva mas também pelo lado negativo.

Ambas as marcas devem tudo à música, e a música deve tudo as elas. Os seus criadores foram visionários, pessoas que não viveram no seu tempo. Orville Gibson faleceu a 21 de Agosto de 1918 e Leo Fender a 21 de Março de 1991. Duas gerações diferentes que merecem todo o respeito e agradecimento por todas as gerações presentes e futuras.