terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tablatura

Boas!!!
Prometido é devido, por isso aqui vai!!
Tablatura, formula simplificada de ler música (geralmente para execução) para quem não sabe, não quer, ou tem preguiça de aprender, ou ler a pauta.
A tablatura pode ter várias linhas no caso da guitarra tem 6 no caso do baixo convencional tem 4.
Pois é como já calcularam a tablatura tem sempre tantas linhas quantas cordas tiver o instrumento em causa.
A tablatura tem exactamente a mesma forma de ser lida como a pauta, ou seja de cima para baixo ( a linha de cima corresponde à corda mais fina e a linha de baixo corresponde à linha mais grossa ou corda de Mi) e sempre da esquerda para a direita.
Um dos elementos existente na tablatura são os números, esses números geralmente colocados em cima de cada uma das linhas correspondem aos trastes e naturalmente onde cada corda deve ser pisada. Por exemplo:A corda de Mi deve ser pisada no 1º, 2º 3º 4º traste, logo a seguir a corda de Lá deve ser pisada também no 1º, 2º 3º e 4º traste, no segundo compasso acontece o mesmo na corda de Ré e na corda de SOl.
É claro que a tablatura não nos dá todas as informações necessárias mas por exemplo no caso de silencio esse é demonstrado na tablatura com a ausência de um ou mais números como se demonstra na figura seguinte.

Podemos assim dizer que a tablatura é uma representação gráfica simplificada do braço do instrumento.Espero que tenha esclarecido algumas duvidas e se não esclareci não se esqueçam de postar nos comentários.

Saudações musicais

Fuserbass

domingo, 18 de outubro de 2009

Cordas para guitarras eléctricas

Alguns seguidores do nosso blog têm-nos enviado mails a pedirem-nos informações sobre que cordas se deve usar nas suas guitarras eléctricas. Ficamos contentes pelos mails, porque demonstra que, quem nos segue, gosta do que escrevemos. Temos poucos comentários aos artigos, mas alguns mails. E nós respondemos com todo o gosto!

Vamos falar sobre cordas? Vamos falar sobre cordas!

Como sabem, num conjunto de 6 cordas para uma guitarra eléctrica, há dois tipos de cordas: as três cordas mais graves, ou seja, o mi (E), o lá (A) e o ré (D), possuem um núcleo interior (um simples fio de aço) revestido por um outro fio em níquel; as três mais agudas, ou seja, o sol (G), o si (B) e o mi (E) não possuem qualquer tipo de revestimento, tendo apenas o fio de aço. Há casos que o sol (G) pode ser revestido, mas essas são sobretudo para guitarras clássicas.

As cordas mais grossas dão sons mais metálicos, possuem um ataque mais imediato e são muito mais sonoras. As mais finas dão tonalidades mais quentes e menos ruidosas. Estas têm a grande vantagem de eliminarem aqueles ruídos desagradáveis provocados pela passagem dos dedos nas cordas e também não são tão ruidosas quando acidentalmente batem nos trastes.

Há várias medidas de cordas. Quando se compra um conjunto, e quando não especificamos a medida, o vendedor entende que é a medida standard e entregam-nos as mais vendidas, ou seja, as .009. Mas o que quer dizer .009? Para já, a medida de referência é sobre a corda mais fina, ou seja, ao mi (E) agudo, e significa a medida do diâmetro da corda. As medidas das cordas são expressas em milésimas de polegada, indicando apenas a parte decimal. Assim, .009” significa que a corda tem 9 milésimas de polegada. As cordas restantes apresentam espessuras que aumentam a partir desse valor.

A escolha das cordas para cada guitarra é uma decisão muito pessoal não há nenhuma bitola por onde nos possamos seguir. Mas uma coisa é certa: para cada estilo de música há cordas que se adaptam melhor do que outras. Para uma utilização regular, sem fazermos vida de músicos, as .009 são boas, porque são “cordas moles”, ou seja, os bends e os vibratos são fáceis de se fazerem. À medida que a grossura das cordas aumentam, estas técnicas tornam-se mais difíceis de se executarem. Não só porque temos de fazer mais força como dá a sensação das cordas irem cortar os dedos... As .012, por exemplo, apenas permite fazer ¼ de bend e com muito custo, tal é a grossura da mesma!...

Vamos ver que cordas alguns guitarristas usam, uma vez que tocam todos os dias e têm uma sensibilidade muito elevada para a escolha das cordas para esta ou aquela música. Jimi Hendrix usava as 3 cordas agudas de um diâmetro fino, para assim tirar mais tonalidades das cordas, ao passo que as 3 cordas mais graves eram relativamente mais grossas, permitindo reproduzir claramente as notas ultra-graves e distorcidas, funcionando muito bem no blues. Joe Satriani, usualmente também usa estas medidas. Nuno Bettencourt alterna entre 009 e 010. Hank Marvin, guitarrista dos The Shadows, tocava com cordas muito grossas. Yngwie Malmsteen usa várias, desde 008-046, 009-042 a 010-046, entre outras medidas. Tudo depende da música que se queira tocar.

Mas regra geral, quem toca principalmente ritmos, ou seja, acordes, deve optar por cordas médias ou grossas para evitarem que desafinem com alguma facilidade, uma vez que quando se toca acordes, a mão direita bate nas 6 cordas com alguma violência. Agora, quem toca solos, deve optar por cordas mais finas pela sua comodidade e facilidade de execução. Tudo depende da guitarra que se tenha, do estilo que se goste de tocar, das técnicas que queremos fazer, do som que queremos tirar da guitarra e da nossa experiência como guitarristas. Para jazz, usa-se cordas muito grossas, para blues um pouco mais moles mas ainda grossas e para rock mais ‘softs’.

Normalmente as cordas são mudadas individualmente quando se vão partindo. Parte-se, por exemplo, a corda de sol (G) e é apenas essa que se troca. Mas como se compra um conjunto de 6 cordas, porque não trocá-las todas? É mais adequado, pois assim, ficam com tensões diferentes em vários pontos do braço. Acabam por desafinar mais, para além do som ficar diferente. Há guitarristas que trocam de cordas em todas as suas guitarras no final de cada concerto! Para uma utilização caseira, ou mesmo tendo uma “banda de fim de semana”, é fundamental irem trocando de cordas com alguma frequência, por exemplo, de 3 em 3 meses. Aqueles que tocam de vez em quando, só mudam de cordas quando estão enferrujadas... as cordas ganham ferrugem porque não são limpas quando uma pessoa acaba de tocar. Passem um pano macio e seco cada vez que acabam de tocar para garantirem maior longevidade nas cordas.

Para acabar gostava de informar o seguinte: quando quiserem colocar cordas mais grossas do que .010,informem-se se o braço é apropriado. Em princípio será, mas era melhor terem a certeza. As cordas exercem uma pressão considerável no braço da guitarra. Quanto mais grossas são as cordas mais tensão cria no braço, empenando-o ao fim de um certo tempo. Mas não se preocupem que todos os braços das guitarras eléctricas são afináveis. Daqui a umas semanas iremos elucidar sobre ver se o braço está afinado e afiná-lo em caso de necessidade.

Espero que tenha esclarecido a todos os que nos colocaram questões sobre este tema e a todos que, não enviando nenhum email, mas que também tivessem dúvidas.

Oiçam boa música, estudem e bons riffs!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DA MÚSICA

Dia 1 de Outubro é o Dia Mundial da Música e, aqui no blog, gostávamos de publicar um artigo (grande) sobre a história da música, mas infelizmente não foi possível. Mas pelo menos gostávamos de dar uma palavrinha, por mais pequena que seja.
A música é, para uns uma profissão, outros um hobbie e outros ambas as situações. Seja qual for a sua situação, a música é a única linguagem internacional. É uma forma das pessoas comunicarem sem barreiras e sem obstáculos, sem guerras e sem conflitos. É algo de muito importante numa sociedade, já que cada país está associado a um tipo de música. É algo que faz parte da cultura de cada povo.
Uma actividade tão importante devia de ser mais acessível a todos. Porque é que quando vamos para outro país vemos que os preços dos cd's e dos discos em vinil, entretanto em voga novamente, são mais reduzidos do que em Portugal? Pensamento inevitável é: se os ordenados aqui são superiores do que em Portugal, porque é que a música em Portugal é tão cara? Música não é cultura? Se calhar estamos a divagar, mas se o preço da música em geral fosse mais acessível talvez não houvesse tantos downloads como se verifica actualmente.
Portugal tem problemas de auto-estima. Tudo o que vem lá de fora significa qualidade. Por isso é que ouvimos pouca música portuguesa nas rádios e canais de tv. Mas isso não será culpa dos média? Aponta-se o dedo à, por exemplo, Mónica Sintra, insinuando que a qualidade é muito duvidosa, mas depois vão correr comprar um cd do Marcos. Ao menos a Mónica é portuguesa e merecia mais respeito pela parte dos portugueses. O Marcos, que este sim, é de qualidade zero, anda pelos Tops.
Gostávamos de lançar dois apelos: baixem os preços da música e divulguem mais a música portuguesa. E já!
Oiçam boa música, estudem e bons riffs!
Saudações musicais
Fuserbass e LesPaul