terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os Famosos e a música

A música, para alguns, é a sua actividade profissional; para muitos outros, é encarada como hobbie, podendo lucrarem, ou não, com ela, quer toquem algum instrumento ou seja simplesmente companhia no carro. Está presente em todos nós, quer gostemos muito ou pouco. Há, pelo menos uma música algures que nos marcou algum episódio nas nossas vidas.

Cada vez há mais amantes da música, sendo uma segunda forma de vida para várias pessoas de vários extractos sociais e profissionais. Após saber de alguns casos, resolvi pesquisar um pouco mais e encontrei pessoas bem conhecidas de todos nós nos écrans de cinema que dedicam parte da sua vida à música. E não só como hobbie doméstico. Têm bandas e dão concertos. Vejam.

TIM ROBBINS (Mystic River) dedicou-se à música para superar o processo de divórcio com a actriz Susan Sarandon. Tim já tinha o gosto da música devido ao seu pai, Gilbert Robbins, músico folk. Tim desempenhou um papel, em 1992, de uma personagem de um cantor e compositor de música folk. Será que ficou o bixinho?

http://www.youtube.com/watch?v=FPk-4OC6A-o

HUGH LAURIE (Dr. House) vai lançar um disco de blues brevemente. Quem veja a série Dr. House decerto que já viu a personagem tocar piano e guitarra. A questão é que estes instrumentos não são meros adereços: ele toca-os e compõe músicas, inclusivé para a série em questão. Hugh participa na 'Band from TV' tratando,se de um grupo de actores norte-americanos que tocam em instituições de solidariedade.

http://www.youtube.com/watch?v=OhZreU78k2A&feature=related

KEVIN COSTNER (Body Guard) contou com a ajuda da mulher para se dedicar à música, pois a música sempre teve presente, tanto na vida de Kevin, como em alguns filmes. Kevin tem uma banda de country onde toca guitarra, intitulada de 'Kevin Costner & Modern West', tendo algum sucesso no Japão com algumas músicas em alguns anúncios de televisão. Kevin, após uma pausa do grupo, gostava de reactivar a sua banda e ter uma experiência pela Europa.

http://www.youtube.com/watch?v=-jL8E2-sFIw

BRUCE WILLIS (Die Hard) com a sua banda, os 'Accelerators', misturam sons de blues e rock. Ele toca gaita de beiços e canta. O primeiro trabalho da banda foi lançado em 1987, antes do seu primeiro grande filme (Die Hard). Entretanto, esta faceta musical abrandou, mas teve novo fôlego, em 2003, onde foi actuar várias vezes para as tropas americanas no Iraque.

http://www.youtube.com/watch?v=nDXkd2NyCCE

KEANU REEVES (Matrix) tinha, por vezes, uma pessoa que tomava conta dele quando era criança, quando a mãe dele não podia. Esse 'babysitter' era, sem mais nem menos do que Alice Cooper. Keanu passou a acompanhar os ensaios de Cooper onde se rendeu à música e, em especial, à guitarra baixo. Em 1991, formou uma banda com um amigo igualmente actor, cuja banda teve vários nomes, rebaptizada de 'Dogstar' (último nome). Keanu afastou-se da banda em 2002, mas sempre que pode junta-se aos antigos companheiros.

http://www.youtube.com/watch?v=H7TSnE1b-Bs

RUSSEL CROWE (Gladiador) toca guitarra desde a adolescência com um amigo. Estes conheceram dois irmãos que também eram músicos amadores e os quatro decidiram formar a banda '30 Odd Foot of Grunts' (TOFOG). Entre 1995 e 2005 editaram 1 EP e 4 álbuns. Entretanto terminaram a banda para dar origem, mais tarde, a outro nome cuja sigla se manteve (TOFOG), os 'The Ordinary Fear of God'.

http://www.youtube.com/watch?v=XjhXNWbyLg8

JOHNNY DEPP (Pirata das Caraíbas) quando tinha 13 anos, juntou-se com amigos para tocarem músicas dos 'The Beatles' e dos 'Led Zeppelin'. Aos 15, recebeu a sua primeira guitarra como prenda e, aos 16, entrou para uma banda chamada 'Bad Boys', mudando-se para outra intitulada 'Kids'. Esta banda teve algum sucesso, chegando a abrirem concertos dos 'Ramones', 'Pretenders', 'Iggy Pop' e 'Stary Cats'. Nicholas Cage é que o desencaminhou da vida musical, levando-o para a sétima arte. Ainda hoje, Depp não resiste a um convite para se juntar aos amigos.

http://www.youtube.com/watch?v=9g0cCQ_ZZkY

KIM BASINGER (9 semanas e meia) foi uma actriz muito conhecida pela sua beleza, e foi com estes dotes que conseguiu fazer carreira. Começou como actriz aos 16 anos, ganhando alguns prémios. E foi a sua beleza que a levou para os écrans. Mas um dos sonhos desta bela actriz era a carreira de cantora... Pôde dar um gosto à sua voz numa música bastante popular nos inícios de 90 numa banda chamada Was Not Was (Shake Your Head).

http://www.youtube.com/watch?v=cI72tdUepV8

STEVEN SEAGAL (Above the Law) é um actor que dispensa apresentações. Toda a vida dedicou-se a filmes de artes marciais, que foi sempre a sua grande paixão. É cinturão negro em aikido (7º dan) e sabe kendo, judo e karate, tendo desenvolvido as suas técnicas no Japão. Mas a música foi também uma paixão: começou na bateria aos 5 anos e, aos 12, mudou-se para a guitarra, tornando-se num guitarrista de blues. Tem uma banda chamada 'Steven Seagal and the Thunderbox' e já lançaram 2 cd's.

http://www.youtube.com/watch?v=TKjdOZ026Gg&feature=related

DENNIS QUAID (Day After Tomorrow) é um actor que já participou em mais de 40 filmes, mas mesmo assim, gosta de ter a sua banda de rock 'The Sharks' onde canta e toca guitarra rítmica. Compôs alguns temas para vários filmes. Depois de ter interpretado o papel de Jerry Lee Lewis, em 1989, ficou inspirado e foi aí quando começou a levar a música de forma mais séria. Actualmente pode ser visto a tocar nalguns clubes de Los Angeles. Também toca teclas e toca descalço...

http://www.youtube.com/watch?v=kTIjbTkNckU

KEVIN BACON (Footloose) e o seu irmão Michael Bacon tocam desde as suas infâncias. Nos anos 70 cada um seguiu a sua vida: Kevin enverdou pelo cinema e Michael seguiu a música. Mas, a partir de 1994, começaram a tocar em conjunto, gravando, nada mais nada menos do que 5 álbuns e 1 banda sonora.

http://www.youtube.com/watch?v=8R2zKV2Se2A

SCARLETT JOHANSSON (Lost in Translation) é uma actriz que dispensa apresentações, não só pela sua presença como actriz, mas também pelo seu charme e beleza. Contudo, não é do conhecimento de todos a sua faceta como cantora. Recentemente editou 1 cd onde canta principalmente temas conhecidos de outros artistas. Não teve muito sucesso, mas teve coragem de mostrar esta paixão com o seu público.

http://www.youtube.com/watch?v=ACfmparmCdg

Também existem realizadores de cinema existe essa paixão. Quando podem, aí estão eles em palco:

EMIR KUSTURICA (Gato Preto, Gato Branco) é sérvio e é realizador com bastante fama, graças aos populares 'Gato Preto, Gato Branco' e 'Underground'. Já passou por Portugal com a sua banda 'The No Smoking Orchestra'. Tocam uma música muito peculiar que podem ser ouvidas nas suas bandas sonoras dos seus filmes. Emir toca guitarra, mas em palco mistura muitos outros instrumentos, nomeadamente de sopro. Cativa o público com muita facilidade, tanto pelo ritmo da música como pela energia em palco.

http://www.youtube.com/watch?v=EFHmLMhwk-Y&feature=related

WOODY ALLEN é um grande senhor do cinema, mas a música faz parte da sua vida com a mesma importância, chegando a realizar tournés com a sua banda pelos Estados Unidos e Europa. Chegou a realizar bandas sonoras para alguns dos seus filmes. O som preferido de Woody é o jazz de new Orleans e o instrumento que toca é clarinete.

http://www.youtube.com/watch?v=R0WyWphH_3Q&feature=related

Aqui ficam alguns exemplos. Quantos mais não andarão por aí?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

JOE SATRIANI 'INCENDEIA' LISBOA

Joe Satriani veio mais uma vez a Portugal. Depois de uma passagem pelo Porto, regressou a Lisboa, ao Campo Pequeno, no dia 22 de Novembro, para uma noite de guitarradas. E que noite! A noite estava chuvosa e, como tal, Satriani secou-nos com a sua guitarra...

Satriani veio apresentar o seu mais recente trabalho intitulado 'Black Swans and Wormhole Wizards', tratando-se do seu 14º trabalho desde que abandonou a sua actividade de professor de guitarra para se dedicar a uma carreira a solo (para os que não sabem Satriani foi professor de inúmeros guitarristas que hoje são famosos). A sala não estava cheia, o que para quem está a assistir é mais agradável por estarmos à vontade, mas para o artista deve ser um pouco frustrante. O som não estava nem bom e nem mau: volto a arriscar a dizer que a culpa deve ser dos engenheiros de som... Havia músicas em que o som era cristalino mas outras nem por isso. Era usual não se ouvir o guitarrista de suporte, tal era a potência sonora da guitarra de Satriani. Mesmo assim, o balanço final foi de um som bastante aceitável.

O músico 'incendiou' o recinto com alguns clássicos logo de entrada, e lá pelo meio foi metendo uns temas novos. Mas como é óbvio, as mais conhecidas foram as que mais vibraram a multidão. Satriani apresentou-se com mais 4 músicos (baixo, guitarra, teclas e bateria) e com a simpatia do costume. Das suas Ibanez (usou 3, já agora) ouviram-se solos que todos conhecemos e uns tappings de sonho. Em palco soube conquistar o público com a sua energia. Agradeceu em português e foi falando com o público ao longo do concerto. Tal como há dois anos, finalizou a noite com 'Summer Song' que, para os que não sabem, foi a única música, em todo o mundo, a conquistar 2 grammies. O concerto durou 2h15m e decerto que para muitas pessoas, foi inesquecível.

O palco estava simples mas perfeitamente funcional: alguns holofotes giratórios, umas barras luminosas na vertical que mudava de cor e 3 painéis onde se via imagens, tanto do guitarrista como várias imagens, algumas delas bem psicadélicas.

A ultima vez que Satriani esteve em Lisboa foi em 2008 (que também fui ver), o que mostra que está a lançar 1 trabalho de 2 em 2 anos, o que quer dizer que em 2012 iremos receber mais uma visita do 'mestre'. Mas, por favor, para os que forem ver, não chamem os bombeiros porque garanto que as mãos do artista não pegam fogo!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

EPIPHONE - UMA MARCA ENTRE AS GRANDES

Quando olhamos ou pensamos em guitarras Epiphone, estamos a pensar em guitarras razoáveis e económicas. E pensamos logo como sendo o parente pobre da Gibson. Pois bem, esta marca merecia muito mais respeito da parte de todos. Haverá guitarras desta a preço acessível, mas também material cujo preço é elevado. Logo, aqui tem que haver diferenças no material.

Olhando para a história da Epiphone, vamos ver que não se trata de uma marca a sombra da casa-mãe e que merece respeito francamente merecido.

Anos 20. O swing estava na moda. O som do banjo e do bandolim, muito usado até então, foi substituído gradualmente pelo da guitarra. Para qualquer empresa de instrumentos musicais se manter no topo em vendas, era essencial acompanhar a tendência de comercialização de guitarras.

Epaminondas Stathopoulo, de origem grega mas a viver nos Estados Unidos, ficou com a empresa de instrumentos musicais do pai, a House of Stathopoulo. O nome não era muito apelativo e assim mudou-lhe o nome para Epiphone (‘Epi’ da abreviatura do seu nome, e ‘phone’ para a palavra grega para som). O objectivo principal da empresa era a produção de banjos, mas rapidamente mudaram para a produção de guitarras.

A Gibson inovou com alguns modelos de guitarras, mas não soube aproveitar essas inovações para aumentar o volume de vendas, como por exemplo, a caixa de ressonância com apenas os ‘f’ laterais de saída de som. A Gibson perdeu o seu grande homem, lloyd loar, que inventou alguns modelos importantes. Lloyd sentiu-se tão frustrado com o fraco volume de vendas das suas guitarras que abandonou a marca. Quando a Gibson se dedicou a material para crianças, em 1931, a Epiphone lançou no mercado, não uma, mas sim toda uma gama de guitarras archtop para combaterem o modelo L-5 de Lloyd. Era o início de uma grande rivalidade entre a Epiphone e a Gibson que iria durar 20 anos.

Os guitarristas de jazz começaram a comparar as guitarras provenientes da Gibson e da Epiphone pela qualidade que ambas possuíam. A Epiphone conseguiu ser a marca preferida por muitos guitarristas, ultrapassando a Gibson no volume de vendas. Esta marca destacava-se, não só pela construção das guitarras, mas também pelos nomes que davam aos modelos. Ao passo que a Gibson atribuía números aos seus modelos, a Epiphone dava nomes distintos aos seus modelos, como por exemplo, De Luxe, Broadway, Windsor, Tudor, Zenith e Triumph. Os modelos de topo de gama continham desenhos e efeitos impressionantes na cabeça, bem como incrustados com formas exóticas de flores, diamantes e desenhos especiais.

A Gibson, apostada em dar a volta à situação, foi sempre lançando novos modelos. Contudo, a Epiphone nunca se ficou pelo caminho, ombreando constantemente com a sua rival, respondendo sempre a novos modelos que iam surgindo. Quando a Gibson lançou a Advanced com corpo em branco, a Epiphone respondeu com uma guitarra com corpo maior.

Ambas as empresas entraram no mercado das guitarras eléctricas e dos amplificadores, em 1935. Um funcionário da Epiphone, Herb Sunshine, em 1937, desenvolveu uma bobine com íman ajustável, vindo a ser conhecido por ‘pickup’. A Gibson, em 1940, montou pickups na sua ES-150 que produzia um som soberbo, ao contrário da Epiphone que às vezes o som falhava devido à falta de filamento na bobine. Entretanto a Epiphone teve um conflito com a Rickenbacker devido à patente de alguns pickups.

A Epiphone lançou um pedal de volume, em 1937, o Rocco Tone Expression, tratando-se do primeiro pedal de efeitos a ser comercializado.

Entretanto, nos anos 40, a luta continuou entre as duas marcas rivais. Contudo, durante a segunda guerra mundial, todos os construtores de guitarras (e não só) foram obrigadas a produzirem material militar. No caso da Epiphone, dedicou-se a produzir componentes para aviação.. Em 1943, a empresa sofreu um golpe muito profundo com a morte de Epi Stathopoulo, de leucemia. A seguir à guerra, os dois irmãos de Epi, Orphie e Frixo, tomaram as rédeas da empresa para reestabelecerem a construção de instrumentos musicais. Mais uma vez, a Epiphone destacou-se da Gibson com o lançamento da nova Zephir Deluxe Regent, um modelo archtop eléctrica de luxo com cutaway. Contudo, os irmãos não tiveram habilidade suficiente para progredir de forma efectiva na empresa. Apesar de haver músicos famosos a usarem as suas guitarras, a Epiphone estava em vias de desaparecer, tal o estado financeiro da empresa. Frixo vendeu todas as suas acções em 1948, e Orphie associou-se a um conhecido fabricante de instrumentos musicais de metais e de orquestra, a CE CONN. A mudança de Nova Iorque para Filadélfia fez com que a Epiphone perdesse muitos funcionários altamente qualificados para a nova Guild (futura Gretsch) que entretanto compraram toda a maquinaria da Epiphone. Orphie recuperaria o controlo da empresa, em 1954, e em 1956, os dois irmãos uniram-se novamente numa tentativa de renascer a Epiphone, mas já muito tarde. As vendas caíam a pique e a marca ficou um pouco marginalizada.

Em 1957, Orphie telefonou a Ted McCarthy, da Gibson, oferecendo-lhe todas as ferramentas e contrabaixos da Epiphone. Ted resolveu investigar o porquê desta proposta e rapidamente verificou que o negócio envolvia muito mais do que isso: toda a linha de produção e peças novinhas em folha. Uma marca lendária acabou neste dia pela quantia de 20.000 dólares, um preço ridículo comparado com os 13.000.000 dólares que a CBS pagou pela Fender 8 anos mais tarde). Com esta aquisição, a Gibson livrou-se do seu principal concorrente, mas continuou a produzir guitarras com a marca Epiphone.

De início apareceram guitarras de ambas as marcas de grande qualidade. Contudo, perto da década de 60, as guitarras com menor qualidade passaram a serem produzidas sob a marca Epiphone. Apesar disto, continuavam a ter a sua própria personalidade, tendo adeptos que as compravam, continuando, assim, a gozarem de alguma popularidade.

O ano de 1970 marcou um revés na empresa, pois a Epiphone não tinha o apoio de todos os responsáveis da Gibson e, como tal, decidiu-se que a produção da Epiphone seria feito no Japão. O actual presidente da Epiphone afirmou recentemente que esta marca, para a Gibson, era uma espécie de filho não desejado, não entendendo o porquê de tal ‘afastamento’ da produção entre as duas marcas, uma vez que em 1967, as vendas da marca chegavam ao máximo de sempre, caindo a pique com tal decisão da mudança para o país do sol nascente. A Gibson afirmou que era uma decisão lógica uma vez que a prioridade era a Gibson.

A Epiphone dedicou-se à produção de réplicas de modelos da Gibson, mas com ligeiras diferenças ornamentais. Nos anos 80 apareceram alguns modelos de qualidade com a marca Epiphone, mas foram absorvidos pela marca-mãe, tornando a Epiphone numa triste sombra de velhas glórias. A produção, do Japão, passou para a Coreia, onde os custos são mais baixos, permitindo baixar o custo final das guitarras.

Em 1992, Jim Rosenberg foi nomeado director de produção da Epiphone sob alçada da também nova direcção da Gibson. Jim introduziu um maior controlo de qualidade nas suas guitarras e as coisas mudaram. Houve uma deslocação da produção da Coreia para a China, em 1998. Passaram a serem produzidos alguns modelos limitados, despertando o interesse de alguns amantes e coleccionadores de guitarras.

A produção da Epiphone nunca foi tão abrangente como agora, tentando acompanhar todas as tendências para várias necessidades: surgiram guitarras para principiantes, nada mais do que 15 baixos distintos e guitarras originais (Prophecy, Les Paul Ultra II e Alleykat), a preços acessíveis e com qualidade garantida.

6 GRANDES GUITARRAS EPIPHONE:

- De Luxe (1930)

- Zephyr Regent Emperor (meados anos 50)

- Coronet (finais anos 50)

- Casino (meados anos 60)

- Excellente (finais anos 60)

- 62 Crestwood (2009)

GUITARRISTAS QUE USARAM/USAM EPIPHONE:

- Oscar Moore

- Les Paul

- Chet Atkins

- B.B. King

- Paul McCartney

- Tommy Thayer

- Slash

- John Lennon

- John Lee Hooker

- Joe Pass

- Django Reinhardt

- Nick Valensi

- T-Bone Walker

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Improviso

No outro dia estava a ver televisão e ouvi uma frase curiosa a música são barulhos bem arrumados! Interessante pensei! Pensei também que havia por aí muitos barulhos mal arrumados a que chamam musica. As minhas merecidas férias foram passadas num pequeno paraíso chamado Lagos "Terra dos descobrimentos", e realmente este titulo pode servir para ilustrar a terra de onde partiram muitos dos navegadores na era quinhentista à descoberta do mundo, como pode também ilustrar as pequenas maravilhas que esta cidade tem vindo a por a descoberto no campo arqueológico, das suas maravilhosas praias, das maravilhosas paisagens que muitas vezes fazem capa de revista ilustrando o Algarve no seu geral. Enfim maravilhas! Maravilhas aparecem também na animação da cidade realizada por pessoas que fazem da música uma forma de estar e de se expressar. Por vezes criticamos ou até achamos estranho os modos de vida alternativos que estas pessoas possam levar, e nunca realizamos qualquer tipo de tributo à música por eles produzida. Neste vídeo fica uma ideia do que estes dois elementos, com certeza amantes de música fazem apenas com uma pequena bateria e um didgeridoo, amplificados de forma rudimentar por um microfone e uma coluna. Acho que vos deixo aqui com uma questão: Acham mesmo que toda a panóplia de material, a qualidade dos vossos instrumentos, ou a grande qualidade de amplificação faz diferença quando se tem mesmo amor pela música? Saudações musicais Fuserbass

domingo, 15 de agosto de 2010

Afinar guitarras com iPhone

Com o aumento de popularidade dos iPhones desenvolvem-se várias aplicações para este hardware para várias finalidades. Para aqueles que tocam guitarra e que possuam um iPhone há óptimas notícias, pois a Planet Waves está a vender 2 aplicações muito úteis e a preço reduzido. São elas o afinador ProTune e o metrónomo ProTempo (3,99$ cada um).
A aplicação ProTune transforma o seu iPhone ou iPodTouch num afinador portátil com modos específicos para guitarra, baixo, violino, banjo, entre outros instrumentos.
A aplicação ProTempo permite ao utilizador praticar, compor ou gravar onde quer que esteja. Basta marcarmos o tempo pretendido e tocarmos a ritmo. Obviamente que tem mais funções, nomeadamente ritmos diversos pré-gravados.
Os utilizadores têm a vida facilitada a níveis educativos, permitindo ajudar os estudantes de música a memorizar notas, acordes e tempos por ouvido, através de outras aplicações que a Planet Waves disponibiliza. Umas são gratuitas!...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

MARK KNOPFLER EM LISBOA

Diz-se que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Se não é bem assim, o ditado anda lá perto. No concerto de Mark Knopfler foi um pouco assim: logo na primeira música e no solo final, a guitarra não estava afinada ouvindo-se umas sonoridades que não se encaixavam nos acordes dominantes do tema tocado. Perante isto, Mark knopfler ordenou aos restantes músicos que terminassem o tema, trocando a guitarra ‘defeituosa’ por outra. Começou mal...

O concerto foi diferente de todos os concertos que já vi do Mark Knopfler: vi-o a primeira vez em Alvalade com os Dire Straits e 3 vezes a solo. O Mark nunca foi um músico frenético, sendo sempre criticado por isso. Mas neste teve sentado o concerto inteiro, fruto de uma grave lesão que tem na coluna provocada por um acidente de moto há uns anos. Estavam 8 músicos de grande qualidade em palco, o que proporcionou belos momentos musicais. Temas impecavelmente tocados e, pela primeira vez num concerto de Mark Knopfler, senti que os músicos interagiam e forma alegre e divertida ao tocarem certos temas.

Apesar da (elevada) qualidade dos músicos, um espectador que vá a um concerto de Mark Knopfler quer ouvir... Mark Knopfler... E isso não aconteceu muito. Quem me conhece sabe que o artista em questão é o meu ‘guitar-hero’, a minha grande referência musical. Mais tarde é que descobri outros guitarristas. Portanto não me é fácil escrever estas linhas, mas o Mark não fez aqueles riffs de que uma pessoa está à espera de ouvir. Solos simples, nada complexos e calmos, nada proporcionais à qualidade do guitarrista. Só esporadicamente é que fez os seus solos.

Cheguei a pensar que ele não tocou mais porque não estava para isso, ou para dar protagonismo aos outros músicos, ou cansaço normal de final de digressão. Mas o mais certo é que Mark Knopfler está numa altura em que faz o que quer pelo estatuto que foi conquistando ao longo da sua (extensa) carreira musical. Nota-se, de concerto para concerto, um 'desligar' dos Dire Straits (apesar de terem estado 2 ex-companheiros no palco) e uma ascenção do seu estilo actual.

O concerto foi no Campo Pequeno no dia 27 de Julho. A acústica estava excelente! Continua-se a notar maior euforia quando são tocadas músicas dos Dire Straits (Sultans of Swing, Telegraph Road, Romeo and Juliet, Brothers in Arms e So Far Away) apesar de serem tocadas um pouco mais calmas do que o habitual. Contudo, houve grandes temas muito aplaudidos da sua carreira a solo (Speedway at Nazareth, Hill Farmer’s Blues, Marbletown e Piper to the End entre outras).

Grande, grande som da Les Paul, grande som com a Pensa, bom som da Stratocaster e som mau com a National (culpa dos engenheiros... não se ouvia...). Os sons dominantes da noite foram os celtas, blues, country e folk, a que Mark Knopfler nos habituou a solo.

Foi um concerto para ‘mark knopflerianos’ onde a sala estava cheia. Por mim ele pode voltar brevemente que estou pronto para o ver novamente. Há que saber envelhecer com estilo e Mark Knopfler está a fazê-lo bem (vai fazer 61 anos brevemente). Contudo, fica uma saudade de ouvir sons do Alchemy...

Quem quiser comprar alguns concertos desta digressão (USB ou MP3), inclusive o de Lisboa, pode fazê-lo aqui:

http://simfylive.com/en/shop/29388/live-recordings/Mark-Knopfler.html?et_cid=16&et_lid=47318&et_sub=markknopfler_com_590

Já agora desafio toda a gente que queira comentar algum concerto que tenham assistido para o exporem no blog.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Fado a Património da UNESCO, já!

Está a decorrer a preparação para a candidatura do fado às Nações Unidas a Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. A apresentação decorrerá em Paris no dia 31 de Agosto deste ano. Este tipo de música há muito que merecia um reconhecimento mundial pela sua beleza na execução, tanto a nível vocal como instrumental. É, pois, de louvar, esta iniciativa tomada a cabo por várias entidades nacionais, nomeadamente a Empresa Municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural, Museu do Fado e Museu da Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Daquilo que anda a circular, a partir do fado pretende-se iniciar uma campanha de sensibilização futura no ensino a vários níveis, nomeadamente:
- pedagogia junto das escolas e universidades
- projectos de edições e investigação
- bolsas de estudo para construção da guitarra portuguesa
De louvar igualmente a prestação da RTP por ter realizado o concurso 'Nasci para o Fado' em horário nobre! Nem só de futebol vivemos! Neste blog há muito que vimos dizendo que devemos de apostar no que é música nacional, e há lá mais nacional do que o fado?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Afinar as guitarras

Então essas guitarradas? Essas pentatónicas, diatónicas e arpejos estão na ponta dos dedos? Vamos lá estudar isso tudo!!!
Para quem está a descobrir o mundo das guitarras não se apercebe que elas desafinam com muita facilidade, sobretudo quando os carrilhões são 'fracotes'... é essencial termos as nossas guitarras afinadas. Quando temos uma pauta à frente e quando o que estamos a tocar não nos soa a nada, é porque provavelmente temos a guitarra desafinada e não basta afiná-la de ouvido...
Das primeiras coisas que me ensinaram na guitarra foi que a 5ª posição do E grave soa igual ao A solto; a 5ª posição de A soa igual ao D solto; a 5ª posição de D soa igual ao G solto; a 4ª posição de G soa igual ao B solto; a 5ª posição de B soa igual ao E agudo solto. Isto tudo é verdade, mas... onde vamos obter o E de referência? E mesmo que o tenham através de alguma música conhecida iriam ficar surpreendidos pela diferença de se afinar com um afinador electrónico logo após de terem afinado pelo processo anteriormente descrito.
Portanto, para terem a guitarra sempre afinada, o melhor é adquirirem um afinador electrónico. E não se preocupem se a guitarra desafina todos os dias, mesmo com bons carrilhões. Se não tiverem dinheiro para comprarem uma Gibson Les Paul Robot (http://www.youtube.com/watch?v=WetVXbYRfWk), vão a uma loja de instrumentos musicais e comprem um. Os tradicionais permitem afinar as cordas uma a uma, quer seja numa guitarra eléctrica ou acústica (serve para afinar qualquer instrumento de cordas), são fáceis de se manusear e são baratos (procurem bem os vários preços de várias lojas). Há um afinador novo que permite verificar todas as cordas ao mesmo tempo (http://www.youtube.com/watch?v=BwfQY0879Ic&feature=related), sendo mais caro, mas permite afinar uma guitarra em menos de 30 segundos.. Ideal para quem tem uma banda e façam concertos.
Pouco importa qual dos afinadores que comprem... o importante é comprarem e afinarem sempre as vossas guitarras.
Oiçam boa música, estudem e bons riffs!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Selecção Nacional de Futebol não Selecciona portugueses!!

Boas!
Hoje falo-vos de mais uma vergonha do nosso amor pela música nacional. Nós sabemos que o futebol é um desporto que se sobrepõe a quase tudo e geralmente é tido como um veículo da imagem das nações. Na formação de uma selecção nacional profissional como é o caso da selecção nacional de futebol são aplicadas verbas que provêem dos impostos pagos por todos nós!
Então eu pergunto será que a nossa selecção não teria a obrigatoriedade para com todos os músicos nacionais de escolher entre todos eles (e existem muitos e bons) o seu hino cantado em português, produzido em Portugal e por portugueses? Eu já nem discuto a selecção nacional formada apenas por jogadores portugueses pois "tecnicamente" são todos jogadores portugueses. Mas que raio porque razão temos de ir buscar uma banda estrangeira, divulgar ainda mais a sua música pelo mundo, quando no mesmo estilo musical temos boas bandas, com boa música e com necessidade de serem divulgadas no exterior! É este o respeito que os organismos com muita visibilidade no exterior tem pela música portuguesa?
E ainda para mais é esta a educação que continuamos a ter? Em que a panorâmica musical estrangeira é sempre melhor que a nacional? Isto parece ridículo, mas sendo a selecção nacional um potencial veículo de imagem e cultura de Portugal como a maioria dos políticos gostam de anunciar, não deveria ser uma exigência desses mesmos políticos que a música portuguesa fosse parte integrante da cultura exposta pela selecção nacional de futebol, ou de qualquer outra modalidade?
Ou será que a música é cultura mas apenas quando é estrangeira? Depois deparamo-nos com todos os miúdos e miúda que adoram "jogar à bola", ver futebol ou apenas vestir a camisola da selecção nacional no dia do jogo que sabem as músicas dos BYP de cor e salteado, mas não conhecem uma única letra de uma musica em português, criada por um músico/músicos portugueses e interpretada por portugueses do principio ao fim! Será esta a educação musical que queremos continuar? Serão estes os exemplos que queremos?
E mais pertinente, porque razão as editoras os músicos e o pessoal do meio ainda não fez qualquer comentário a esta e outras situações?
Saudações musicais Fuserbass

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Material mais vendido

A lista que vou colocar não se trata de uma compilação dos melhores instrumentos musicais, nem tão pouco um aconselhamento do que devem comprar. Trata-se, segundo os fabricantes de cada marca, o material mais vendido do ano de 2009. Estes dados foram publicados em Portugal pela revista Arte Sonora de Janeiro/Fevereiro. Gostaria de escrever que é uma listagem um pouco incompleta, pois não se entende porque publicam 12 guitarras e apenas 2 baixos; porque mostram 3 guitarras acústicas e nenhum baixo acústico; porque listam 9 amplificadores, sendo nenhum para baixo... Deveriam publicar o mesmo número de instrumentos, sejam eles quais foram.

De qualquer das formas, mostramos a listagem que, pensamos nós, poderá ser interessante para que esteja em dúvida quem queira comprar material:

GUITARRAS ELÉCTRICAS:

- Danelectro '59

- Danelectro '63

- Shecter C-1

- Shecter Denon 6

- Shecter Omen Extreme

- Shecter C-7 Jeff Loomis

- Jackson JS 30 KV

- Fender Stratocaster Standard

- Squier Classic Vibe 60's Stratocaster

- PRS SE

- PRS Mira

- Peavey HP Special EX

AMPLIFIICAÇÃO

- Marshall HAZE MHZ-40 C

- Orange Micro Crush & Tiny Terror

- Laney Cub 10

- Peavey Vypyr

- ENGL Fireball 100 & Powerball

- Mesa Boogie Mark V

- Fender Frontman 212 R

- Vox VT 30

- Peavey Max 115

GUITARRAS ACÚSTICAS

- Taylor 214 CE

- Takamine EG 124 C

- Yamaha APX 500

PEDAIS / EFEITOS

- Digitech RP 90

- Dunlop / MXR GCB 95

- Dunlop / MXR 2 akk Wylde GCB 45

- Dunlop / MXR 2 W-44

- Dunlop / MXR Dime Distortion

- Carl Martin Crush Zone

BAIXOS

- Peavey Grind Bass IV

- Ibanez SR 300 IPT

MICROFONES

- Shure SM 58

- Shure SM 57

- Shure KSM 9

- Sennheiser FP 35

- Sennheiser E 945

- Sennheiser E 908

- AKG D5

SINTETIZADORES

- Korg PA 2X

BATERIAS

- Yamaha DTXplorer

- Pearl Forum F2705

- Tama Superstar Hyper-Drive

- Iron Cobra

- Taye Studio Maple

- Taye Studio Birch

- Taye Tour Pro

- RMV Concept X5

(pratos)

- Zildjian

- Sabian

- Paiste

- Anatolian Traditional Serie

(peles)

- Remo

- Evans